Alerj aprova emenda do deputado André Ceciliano que garante pagamento de salários dos servidores do estado

Com isso, o empréstimo obtido pelo governo a partir do uso das ações da Cedae será destinado exclusivamente para pagar os vencimentos, os atrasados, e as gratificações do setor de segurança pública

A Alerj aprovou nesta terça-feira (21/02) emenda de autoria do deputado André Ceciliano (PT), ao projeto de Lei da Cedae, determinando que o empréstimo de R$ 3,5 bilhões a ser obtido pelo governo do Rio seja exclusivamente usado para quitar parcelas vencidas dos salários e remunerações dos servidores públicos ativos e inativos do estado do Rio, incluindo gratificações e as vantagens para área de segurança pública. O parlamentar disse que essa emenda é uma forma de assegurar que a ajuda financeira da União será utilizada, de fato, em prol do setor de segurança do estado.

"Sabemos que alienação da Cedae não é a solução de todos os problemas, mas significa a abertura para uma possível saída da grave crise financeira enfrentada pelo Rio de Janeiro com vistas aos próximos três anos. A gente espera que a economia do estado possa se reequilibrar, uma vez que o Rio é muito dependente do petróleo e 32% do seu PIB vem desse setor. O  estado perde quando cai o preço internacional do barril e também quando desacelera essa cadeia produtiva", explica Ceciliano.

Ao votar favoravelmente ao projeto de lei da Cedae, o deputado disse ter feito aquilo que sua consciência determinou. "É preciso ter responsabilidade, porque se o estado do Rio ficar mais dois/três meses sem uma solução pode vir a ter problemas como aqueles enfrentados pelo  Espírito Santo. Eu sou de Japeri e se lá  ficar 48 horas sem policiamento vai morrer em um único dia mais gente do que em uma semana no ES", salientou.

André Ceciliano observou, também, que foi prefeito de Paracambi por dois mandatos, tendo construído 12 estações de tratamento de esgoto. "E lá no município, a Cedae não opera nenhuma ETE", emendou. O deputado comparou o preço praticado pela Cedae com os de outras concessionárias de água e verificou que o valor praticado por ela chega a ser maior em alguns casos, como por exemplo o da Águas de Niterói, cuja tarifa é menor que a da Cedae.

"O que a gente tem que fazer é garantir a tarifa social que já está prevista em lei. A conta mais cara é aquela que a água não chega. Na minha região, a Baixada Fluminense, tem muitos lugares como Bom Jesus, localizada ao lado da estação de tratamento do Guandu, que não tem água", exemplificou o parlamentar, salientando que prefeituras do PT, como Santo André, também terceirizaram os serviços de abastecimento de água.

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