Desmistificar o suicídio: esse foi o objetivo da palestra realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça-feira (26/09). O evento foi organizado pelo Departamento de Assistência Médica, a coordenação do Serviço de Psicologia e o Sindicato dos Trabalhadores da Alerj (Sindalerj), para debater o assunto com os funcionários no mês de prevenção ao suicídio, o denominado Setembro Amarelo.
“É preciso falar sobre suicídio. O desejo de viver é acessível por meio do diálogo”, afirmou Cláudia Baptista, coordenadora de psicologia na Casa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados. No Brasil, uma pessoa tira a própria vida a cada 45 minutos. “A boa conversa, falar e escutar, são muito importantes. Você pode reconhecer na fala do outro os sinais de angústia e perigo. Não é um caminho sem volta ou interlocução.”
Centro de Valorização da Vida.
Criado em 1962, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é um serviço voluntário e gratuito de prevenção ao suicídio que atende cerca de 1 milhão de pessoas por ano. A coordenadora regional do CVV, Maria das Graças Araújo, alerta: “Todo mundo pode escutar de um amigo ou parente ‘estou cansado de viver’ ou ‘não aguento mais’ e nossa obrigação é conversar com eles. Somos responsáveis pelas pessoas que nos rodeiam.”
Segundo Maria das Graças, às vezes, a pessoa que considera o suicídio só precisa ser ouvida. “Sem julgamento, sem análise, sem preconceitos, e, também, sem dar conselhos. É o que fazemos no CVV. São pessoas comuns, preparadas para ouvir quem precisa”, explicou. “O ser humano tem um instinto de sobrevivência. A pessoa não quer morrer, e sim escapar da dor.”
O CVV atende por telefone no 188 (141 até 30/09), pelo site cvv.org.br ou pelo Facebook (facebook.com/cvv141). O atendimento é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia. A organização também está em busca de voluntários acima de 18 anos. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial.
Fonte: Alerj
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