A importância dos programas sociais

A polêmica em torno do pacote de medidas de austeridade, proposto pelo Governo do estado, para combater a crise financeira não pode perder apenas sua dimensão social. A necessidade do estado de equilibrar as contas públicas deve respeitar os direitos dos trabalhadores. Um exemplo é a possibilidade de extinção de programas sociais, como o Renda Melhor, o Renda Melhor Jovem e o Aluguel Social, sob o argumento de “cortes de gastos”.

Destinado a família de baixa renda, o programa Renda Melhor faz parte do Plano de Erradicação da Pobreza Extrema no Rio de Janeiro e busca assistir beneficiários do Bolsa Família. Os benefícios podem variar de R$ 30 a R$ 300 e contemplam mais de 111 mil famílias. Já o Renda Melhor Jovem atende mais de 55 mil jovens matriculados na rede regular de Ensino Médio até 18 anos, com bolsas de até R$ 1 mil. O corte mais representativo será no Aluguel Social, benefício assistencial temporário para famílias removidas de áreas de risco.

É preciso que haja discernimento na implantação das medidas propostas pelo governo estadual, evitando que ações que possam representar um tiro no pé. Um corte em programas sociais é uma forma de reduzir o consumo e dificultar a recuperação econômica. Não podemos deixar que a população mais pobre pague por uma crise que não é dela.

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