A audiência
pública realizada nesta quinta-feira (14/07), na Alerj, por iniciativa do
deputado André Ceciliano - presidente da Comissão Especial pela Melhoria dos
Transporte Ferroviário no Estado - teve como objetivo discutir a
possibilidade de retorno do trem Barrinha, que ligava Japeri, na Baixada
Fluminense, a Barra do Piraí, no Centro-Sul Fluminense. Importante ramal para
transporte de cargas e passageiros, a linha foi desativada em 1996 após um
acidente e não mais voltou a funcionar.
O deputado
lembrou que o contrato do Governo federal com a concessionária MRS Logística,
que administra os 1.674 km da malha ferroviária Sudeste, prevê a administração
de transporte não só de cargas, mas também passageiros. Para Ceciliano, é
fundamental o engajamento dos órgãos públicos e entidades da sociedade civil
dos municípios por onde a antiga linha passava. Porém, ele acredita que a
concessionária nunca manifestou interesse em reinstalar o ramal Barrinha.
“O contrato
é claro e a MRS já sabia dos custos do transporte de passageiros. Vai completar
20 anos o fim do trem, e temos que fazer um esforço junto ao Ministério Público
Federal. A concessionária não quer o trem, e as prefeituras no entorno precisam
pressionar a empresa para que ela atenda às demandas da população”, explicou.
Presente à
reunião, o prefeito de Mendes, Reinaldo Macedo, criticou a concessionária por
não aceitar um trem de passageiros na região. O prefeito também ressaltou que
limitar o transporte ferroviário na malha regional a condução de minérios de
ferro é prejudicial ao meio ambiente e à saúde da população no entorno da
linha.
“A MRS exige
que os municípios assumam responsabilidades pelas condições físicas da malha. A
gente espera esse retorno há anos, e precisamos que o estudo logístico confirme
a legitimidade da linha”, afirmou Macedo.
O Movimento
em Defesa dos Trens (MDT) apresentou um estudo de viabilidade do retorno do
trem encomendado à Coppe/UFRJ no ano 2000. O estudo prevê a instalação de duas
linhas – Japeri-Barra Mansa, com 15 estações para passageiros, e Barra
Mansa-Itatiaia, com quatro estações.
“No mundo
todo, quem tem prioridade no transporte são os passageiros. Precisamos mudar o
conceito de mobilidade no Brasil e fazer com que o trânsito de pessoas e
mercadorias aconteça no menor tempo possível”, disse o coordenador do MDT,
Fábio Paixão.
Segundo o
subsecretário de Estado de Transportes, Delmo Pinho, a concessão da MRS
Logística se esgota no fim do ano. Para que o contrato seja renovado, a
concessionária terá que apresentar à Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) uma contrapartida em novos investimentos da ordem de R$ 5,5 bilhões.
Ceciliano
acredita que a possível renovação do contrato representa a oportunidade
perfeita para cobrar que os investimentos sejam direcionados ao trem. O
deputado destacou que a cobrança da MRS pelos prejuízos ao meio ambiente e à
saúde da população causados pelos transportes de minérios serviria de pressão
para instalar o transporte de passageiros: “O projeto pode até ser deficitário,
mas tem uma função social. Vamos fazer valer nosso direito ao transporte, e
acho que uma forma seria onerar a concessionária por vagão de minério de
ferro”.
Já vencemos todas as dificuldades, as vagas foram autorizadas, o Concurso foi prorrogado, o banco de talentos foi finalizado, temos parecer favorável da seplag, da procuradoria, do chefe da casa civil, a verba ja foi destinada para o curso, não está faltando mais nada.
ResponderExcluir#248oficiaisdecartorio
#naotemosmaistempo