"Fui vítima de uma armação"

"Em quase 15 anos de vida pública, primeiro como deputado, depois como prefeito e, agora, novamente deputado, poucas vezes presenciei tanta baixaria como agora. A três meses do início do período eleitoral a eleição de Japeri dá sinais do que será.  

Em vez do debate político saudável, construtivo, propositivo, apelaram para o jogo sujo, com acusações, panfletos apócrifos e inverdades. Usam a pior forma de fazer política, a política do mal, onde tentam a qualquer custo puxar o tapete do adversário.

Tudo indica que eles estão apavorados com a possibilidade de perder o poder.  Estão morrendo de medo de perder o dinheiro, que pertence ao povo de Japeri e hoje é escancaradamente desviado dos cofres públicos. Uma covardia com um município tão pobre, que tem o pior IDH do estado, onde falta o básico, saneamento, saúde e educação. 

Como não têm condições de fazer o debate político, eles descem o nível, partindo para o embate criminoso e vil. Usam pessoas humildes, que dependem do salário que recebem da prefeitura, para tentar me incriminar.
Sem qualquer preocupação ou escrúpulo, atingem não só a mim, mas a minha família, meus filhos, minha esposa, o que tenho de mais precioso na vida.

Não é a toa que a novas gerações tenham nojo da política. Não tiro a razão delas. Quando feita desta forma, a política é realmente um asco, um nojo, é revoltante. 

No último domingo, quando vi a nota no jornal Extra, dizendo que um deputado de Japeri, pré-candidato a prefeito, estava sendo acusado de seqüestrar uma jovem para manter segredo sobre um suposto filho, não me surpreendi. Já tinham me alertado que uma armação deste tipo estava prestes a acontecer. Conheço pessoas que deixaram de trabalhar com o prefeito Timor porque não concordam com essa prática.
Logo pela manhã liguei para a colunista e disse: “não precisa dar o nome. Ta na cara que a nota se refere a mim. Eu não tenho nada a ver com isso, estão forjando uma situação para me incriminar, sujar meu nome. Nunca tive nada com essa jovem e muito menos fui procurado por ela para falar de filho, pensão, nada. Por que isso vêm à tona agora?”. Como era domingo, esperei a segunda-feira para ir à delegacia e dar espontaneamente meu depoimento e saber exatamente do que eu estava sendo acusado.  

Para minha surpresa, ontem o jornal publicou uma matéria com meu nome e fotos estampados, sem que eu fosse ouvido. 

Chamei minha mulher e meus filhos que imediatamente me apoiaram, eles me conhecem, sabem que toda essa história de seqüestro, agressão a coronhadas e filho não passa de uma  armação para me incriminar. Nessa hora o apoio da família é fundamental para seguir em frente e fazer o certo, o que tem que ser feito. 
Procurei o delegado Carlos Augusto, titular da 63ª DP em Japeri, a quem agradeço por me receber prontamente e contei a história absurda na qual estão tentando me envolver. Ele mesmo admitiu que a jovem disse em depoimento que é funcionária da Prefeitura, mas que trabalha no comitê eleitoral do prefeito Timor, localizado em frente à Prefeitura. 

Ou seja, além do crime eleitoral de ter comitê antes de julho, quando começa oficialmente a campanha, ele ainda usa funcionários pagos com dinheiro público. Um absurdo total. Se queriam me atingir, deram um tiro no pé.  

Pedi ao delegado rigor nas investigações. Quero que  a verdade venha à tona, saber se essa jovem realmente foi seqüestrada e, se foi, a mando de quem?

Sobro suposto filho, esta não será a primeira e nem a última vez que isso é jogado em época de eleição. Não há a menor possibilidade dessa filho ser meu, pois nunca me envolvi com essa moça, que repito, nunca me procurou para falar sobre filho, pensão, registro, coisa alguma. Mas estou disposto a fazer o teste de DNA para desmascarar essa farsa. E vou pedir proteção a jovem, que corre risco de vida. Ela está lidando com bandidos e não duvido que eles sejam capazes de fazer mal a ela para me incriminar.  

No fim do ano passado, o meu futuro vice Dr. Ontiveros foi ameaçado de morte e registrou a ameaça na delegacia de Japeri. Na época os covardes disseram a ele por telefone, que se fechasse comigo para a Prefeitura, seria morto. 

Mas se eles acham que, com isso, me intimidam, estão enganados. Pelo contrário, isso si me dá mais ânimo. Em nome dos meus filhos, da minha família, das novas gerações, não vou abrir mão da boa política. Quero continuar fazendo a política do bem, em favor do povo. E através da boa política, justa, honesta, limpa, que vamos promover uma transformação social e mudar a sociedade."

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